Começa amanhã a maior feira da agricultura da Bahia. A Bahia Farm Show é tida como o maior evento de tecnologia e negócios agrícolas do Nordeste brasileiro e que neste ano vai para sua 14ª edição, sempre realizada no município de Luís Eduardo Magalhães, uma das cidades da região que mais se destacam pela produção de soja e algodão entre outros grãos.
Neste ano, após adiamento por causa da greve dos caminhoneiros, o evento começa nesta terça-feira (5). As portas seguem abertas ao público até o sábado (9). Serão 250 expositores representando 900 marcas de produtos nacionais e internacionais. A feira é organizada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com o apoio da Associação dos Revendedores de Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba), Fundação Bahia e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães.
Na feira será possível ver que com a internet das coisas – conceito tecnológico em que todos os objetos da vida cotidiana estão conectados, agindo de modo inteligente e sensorial – o campo terá produtividade ainda maior, pois as máquinas serão mais inteligentes e de operação integrada. Assim, por exemplo, um drone que ao sobrevoar a fazenda perceber que uma área está mais quente que as demais automaticamente acionarão as máquinas de irrigação para atuar ali.
O problema é que como tudo o que diz respeito ao agronegócio da região, a logística do lado de fora das porteiras das fazendas ainda está na fase analógica. Levar a internet para as fazendas – e se aproveitar dela no ganho de produtividade – é muito caro naquelas localidades.
O produtor de soja Moisés Shimidt, de Luís Eduardo Magalhães, por exemplo, paga R$ 650 por mês por um pacote de 5 megas. “Mas não são 5 megas puros e livres. Oscila o tempo todo”, descreve. E o que é ruim hoje já foi pior. “Há 15 anos, eu pagava R$ 2 mil por mês”, lembra.