A apenas algumas semanas da maior festa popular do nordeste, prefeituras baianas encontram-se em dificuldades para promover o evento. Apenas para se ter uma ideia da dimensão da crise, pelo menos seis cidades cancelaram os seus festejos. Duas das baixas forem no extremo-sul, com cancelamentos de eventos previstos para o mês de junho, em Eunápolis e Santa Cruz Cabrália.
Não bastasse a lenta retomada da economia, os municípios ainda se viram numa crise de abastecimento sem precedentes, decorrente dos protestos dos caminhoneiro, que se verificaram em todo o país. De acordo com informação da União dos Municípios da Bahia (UPB), 30% da arrecadação dos municípios foi comprometida, por conta da greve. O presidente da instituição, Eures Ribero, chegou a alertar os gestores municipais quanto aos limites impostos pela Lei de responsabilidade Fiscal (LRF), que impede os governantes de gastos maiores que a arrecadação. Nesse contexto, os municípios estão sendo obrigados a encurtar e, em alguns casos, até mesmo cancelar a festa.
“Registramos uma queda de 25% a 30% na arrecadação, isso apenas nesses nove dias de greve. Muitos prefeitos estão reduzindo o tamanho da festa e alguns estão cancelando por falta de recurso. A orientação da UPB é que eles façam cortes para conseguir pagar a folha e manter os serviços essenciais”, disse Eures Ribeiro, em entrevista ao Correio.