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ALBAN DIZ QUE PREÇOS DEVEM SUBIR DEVIDO A GREVE DOS CAMINHONEIROS

Redação - 04/06/2018 07:25

O Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, em entrevista à Tribuna da Bahia , afirmou que vai cair no colo dos consumidores brasileiros a paralisação de 11 dias dos caminhoneiros. “Quem paga a conta é o consumidor, qualquer que seja ela. Seja por decisões equivocadas, seja por problemas de custo, da carga tributária ou ineficiência administrativa do setor público ou privado, quem paga é o consumidor”, afirmou.

Na avaliação dele, o protesto é resultado “insatisfação” que há em todos os setores, e o governo do presidente Michel Temer (MDB) não percebeu “o potencial do problema”. Ainda na entrevista, Alban falou sobre o impacto da Operação da Lava Jato na Bahia. Segundo ele, a perda de empregos foi o maior problema. “A que custo vai ser isso? Volto a dizer. Não é que as pessoas não sejam responsabilizadas, mas a empresa é um patrimônio da sociedade. Me parece que o cuidado com as empresas podia ter sido maior”, pontuou.

Sobre a gestão do governo federal no caso Alban ele explica que a gestão demorou a perceber a gravidade da situação. “Eu acho que faltou perceber o potencial do problema que ele poderia vir a ser. Hoje, o que existe é um represamento de insatisfações em todos os ambientes e setores. A insatisfação ela é represada em qualquer forma que seja. Social, econômica ou política, há um represamento grande de insatisfações”.

O presidente avalia que as perdas devido à greve pode chegar a R$ 1 bilhão. “Hipoteticamente, numa análise de sensibilidade, nós imaginarmos que teríamos entre R$ 700 [milhões] e R$ 1 bilhão e isso jamais se recupera. Então, podemos estar fazendo uma alusão a essa conta, mas, certamente, a Secretaria da Fazenda poderá fazer mais. No comércio e serviços existe o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), tudo ficou represado. Nós temos uma economia que não está demandando e isso não é reposto na velocidade, é postergado sempre”.

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