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ECONOMIA REAGE MAL A SAÍDA DE PEDRO PARENTE E EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO DA PETROBRÁS PODE CAIR

Redação - 02/06/2018 14:35 - Atualizado 02/06/2018

Anunciada a saída de Pedro Parente do comando da Petrobrás não demorou muito para os mercados e economistas reagirem a troca de comando da estatal. Num primeiro momento a saída de Parente não foi bem vista pelo mercado, vista que a bolsa de valores apresentou uma grande instabilidade no dia e a estatal perdeu mais de R$40 bilhões em valor de mercado.

Mas não foi só isso. Ouvidos pelo portal G1, ligado a globo.com, economistas de diversos setores do país avaliaram mal a saída do presidente da estatal. Especialistas chegam a afirmar que a Petrobrás conseguiu se reerguer durante sua gestão, iniciada há dois anos, e questionam se a política de preços da estatal será mantida.

Para David Zylbersztajn, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a saída de Pedro Parente trará sofrimento ao Brasil. “Ele havia recuperado a confiança da Petrobras e isso é fruto de um trabalho duro, longo, extenuante. Mas, para perder credibilidade, bastam 30 segundos”, afirma.

Em entrevista à GloboNews, a economista Monica de Bolle concorda que a demissão de Parente era inevitável. “Meu diagnóstico é de que não tinha muito jeito, ele iria sair mesmo. O governo Temer resolveu adotar postura neopopulista no que diz respeito ao preço dos combustíveis e, nessas circunstâncias, não tinha como Pedro Parente permanecer como gestor principal. Era incompatível”, afirma.

A analista sênior da Moody’s Nymia Almeida disse que a mudança de comando da empresa é negativa para o perfil de crédito dela. “A saída de Parente pode indicar que a tendência de melhoras nas políticas financeiras da Petrobras esteja comprometida”, declarou à Reuters.

O presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, também lamentou a saída de Parente. “Com um trabalho de comprometimento e entrega, ele trouxe esperança para o mercado de petróleo e gás. Espero que o próximo gestor tenha integridade e comprometimento para dar continuidade à retomada de recuperação da Petrobras, para o bem da estatal, da indústria e pelo crescimento do país”, afirma.

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