O jornalista e economista Armando Avena, diretor do Bahia Econômica, foi contra a corrente dos analistas que afirmam que greve de caminhoneiros vai desestruturar a economia e fazer cair o PIB. Em entrevista ao portal, Avena disse que os efeitos da greve se diluem em duas ou três semanas e não tem peso para influenciar a média dos resultados do PIB.
“A maioria dos analistas reage emocionalmente e subestima a capacidade de recuperação da economia. Foi a mesma coisa na crise dos frigoríficos, que durante duas semanas reduziu drasticamente a produção, e os analistas disseram que derrubaria os negócios, mas economia deslanchou menos de duas semanas depois.” disse Avena. Segundo ele, os ânimos estão muito exaltados e a incerteza política amplia o tamanho dos problemas, mas os fundamentos da economia estão bons, tanto assim que o PIB cresceu 0,4% no 1º trimestre, quando todo mundo dizia que ia cair, com o consumo das famílias se recuperando e até o investimento crescendo, em relação ao ano anterior. Segundo ele, os impactos da greve serão superados em pouco tempo.
Avena diz que o ciclo de produção da avicultura, por exemplo, é pequeno, que a indústria retoma rapidamente a produção e o comércio vai ser estimulado, pois as pessoas irão reabastecer suas despensas. Talvez a agricultura seja mais prejudicada, mas ainda assim teremos uma supersafra. demais. “A economia brasileira tem enorme capacidade de resiliência e com o fim da greve, os setores afetados aceleram a produção para para recuperar o que se perdeu”, completou os economistas”.