A priorização do transporte rodoviário pode ajudar a explicar os impactos da greve dos caminhoneiros. No começo do século 20, o Brasil desenvolvia o sistema ferroviário, mas a partir dos anos 1950 o país passou a priorizar a malha rodoviária. Atualmente, conforme dados da CNT (Confederação Nacional do transporte), 61,1% do transporte de cargas da nação é feito em rodovias.
O consultor do Idelt (Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente), Frederico Bussinger, porém, explica que a preferência pelas rodovias não é o maior problema do sistema de transporte brasileiro. “O problema é a falta de integração [entre modais] e planejamento”, disse. Bussinger aponta que todas as modalidades do sistema de transporte brasileiro são deficientes. “Precisamos de mais estradas. E precisamos de muito mais ferrovias e hidrovias”, disse o consultor do Idelt.