A estimativa de prejuízo do comércio da Bahia em função da greve dos caminhoneiros, que começou no dia 21 de maio, chega a R$ 150 milhões por dia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fercomércio), a Câmara de Dirigentes Lojistas da Bahia e a Associação Comercial da Bahia.
Em nota conjunta, que foi publicada em jornais de grande circulação, as entidades do comércio afirmam que ‘com o desabastecimento dos postos, milhares de empresários do comércio vêm amargando dias de prejuízos irreversíveis pois os consumidores pararam de circular, deixando as lojas vazias’.
O prejuízo nas vendas dos bens não duráveis com alimentos, remédios e gasolina foi o primeiro alarme para o setor. “Se a crise persistir, somada à paralisação dos funcionários da Petrobras, anunciada para esta quarta-feira (30), o comércio de bens duráveis, como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção entrará em queda ainda maior, gerando verdadeira paralisia da atividade comercial”.
As entidades ainda chamam de tragédia social a morte de animais por conta da falta de ração, que estão presas nas estradas. Pelo menos 170 mil frangos estão morrendo diariamente no estado. Diante disso, as entidades pedem apoio para solução da crise. “A Fecomércio, CDL Salvador, FCDL Bahia e ACB vêm a público pleitear aos governos municipais, estadual e federal, assim como dos locadores de imóveis comerciais e de grandes centros comerciais, medidas emergenciais que desonerem o empresário baiano do comércio neste mês de maio – um período que deveria ter sido de alento para as vendas, como Dia das Mães, mas que se converteu em retrocesso para a recuperação do setor”.