A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgado pelo IBGE, aponta que, dos 48,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos de idade no Brasil, mais da metade – 25,2 milhões – não havia concluído o ensino superior e nem frequentava escola, curso, universidade ou qualquer outra instituição regular de ensino em 2017.
Entre os motivos, ter que trabalhar, estar à procura de emprego ou ter conseguido uma vaga que vai começar em breve foram as principais justificativas para a interrupção dos estudos, apontadas por 39,6% dos jovens. Desinteresse e ter que cuidar de pessoas e dos afazeres domésticos foram outros motivos citados, principalmente entre as mulheres – o equivalente a 24,2% – mais que o dobro da média dos jovens e muito superior à taxa dos homens, com apenas 0,7%.
Para os homens, os principais motivos alegados para não estudar foram o trabalho, com 49,3%, e o desinteresse, com 24,2%. A maioria das mulheres na faixa etária entre 15 e 29 anos também relacionou o trabalho como principal motivo para não estudar – o equivalente a 28,9% – ficando acima até do número de mulheres que desistem de estudar para cuidar de pessoas e afazeres domésticos.