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ENTIDADES DO AGRONEGÓCIO CRITICAM PREÇO MÍNIMO DE FRETE

Redação - 29/05/2018 09:09 - Atualizado 29/05/2018

Oito entidades do agronegócio criticaram a tabela de preço mínimo para o frete rodoviário, nesta segunda-feira (28), que consta na medida provisória editada por Michel Temer para tentar encerrar a greve dos caminhoneiros. Segundo a Folha de S. Paulo, a reclamação é que o tabelamento do frete pode acabar deixando a conta da paralisação dos caminhoneiros para as indústrias ligadas ao setor agrícola.

Além disso, as entidades também reclamam que não foram chamadas pelo governo para discutir da tabela do frete, caso a criação de um preço mínimo seja inevitável. Conforme a medida provisória, a tabela, que deve ser divulgada em cinco dias e vai vigorar por um semestre, será definida pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre).

“Não acredito que a indexação seja o melhor caminho para resolver o problema. Estamos dispostos a colaborar com uma solução, mas esse custo não pode ser transferido totalmente para o setor produtivo”, disse Ibiapaba Neto, director-executivo da Citrus BR, que reúne os fabricantes de suco de laranja.

Segundo a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), os preços do frete da soja, por exemplo, subiram, em média, 15% neste ano, para cerca de US$ 200 por tonelada, e vinham se ajustando ao aumento da cotação do diesel, mas não conseguiram acompanhar também a elevação de tributos. “Por conta disso, o mercado não reagiu perfeitamente. Não podemos pagar a conta desse ajuste”, disse André Nassar, diretor-executivo da Abiove.

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