A empresa que arrematou a Ebal, dona da Cesta do Povo por Ebal, dona da Cesta do Povo, por R$ 15 milhões é vítima de uma minuciosa investigação na justa comercial de São Paulo. De acordo com pesquisa feita por cardeais da oposição, a NGV Empreendimentos e Participações foi fundada em 2017 com capital social de apenas R$ 500. Segundo informações da coluna Satélitte do jornal Correio da Bahia, pouco antes do leilão, realizado em abril, fez uma alteração contratual e elevou a cifra para R$ 1 milhão. A operação despertou suspeita de arranjo sob encomenda.
No dia 11 de abril desse ano a NGV Participações, liderada pelo investidor espanhol, Ignacio Morales, arrematou em leilão o controle acionário da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), pondo fim ao impasse e a alguns adiamentos. O valor do arremate ainda não foi divulgado, mas de acordo com a NGV, 30 das 49 lojas da Cesta do Povo no estado serão mantidas.
O presidente da Associação Baiana dos Supermercados (Abase), Joel Feldman, se associou ao investidor para viabilizar a operação da compra da estatal. “Acreditamos na força da marca, na sua identidade com os baianos. Queremos fortalece-la ainda mais para ser referência no segmento”, explicou Feldman.
Fornecedores da Ebal temem um calote do governo do estado. Desde janeiro, estão sem receber o pagamento por produtos vendidos à Cesta a partir de 2017, cuja dívida soma R$ 1,2 milhão. De acordo com os empresários, eles se reuniram em dezembro de 2016 com o governador Rui Costa para discutir a suspensão do fornecimento por conta de débitos.
Na ocasião Rui prometeu regularizar os novos repasses, mas o acordo foi rompido no início do ano. Para que os empresários voltassem a atender à Cesta do Povo, o governador teria garantido também quitar gradativamente dívidas antigas, estimadas pelo grupo em R$ 50 milhões. Com a venda da Ebal para a iniciativa privada, acham que nada receberão.