As paralisações dos caminhoneiros em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis estão gerando um verdadeiro colapso para empresários e consumidores em diversos setores que atingem a economia em todo país. Segundo estimativa da Fecomércio-BA, o reflexo para o varejo de Salvador e RMS pode chegar a perda de vendas de até R$ 50 milhões por dia. No cenário estadual, o dano de perda de vendas diárias pode atingir até R$ 150 milhões.
Na análise econômica da Federação, o prejuízo nas vendas dos bens não duráveis como alimentos, remédios e gasolina pode ser visto como um primeiro alarme. No entanto, se essa crise persistir, o problema pode se estender para as vendas de bens duráveis como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, gerando uma crise geral para o setor. Postos de gasolina da capital baiana já estão sem combustível, segundo o sindicombustíveis.
Basta imaginar que o varejo (mesmo aquele que não sofre com desabastecimento no curto prazo em suas prateleiras) sofrerá indiretamente: como muitos motoristas e empresas de ônibus começam a temer o desabastecimento de combustíveis, que já é uma realidade, o fluxo de pessoas nos centros e ruas comerciais pode declinar vertiginosamente. O problema é sério e tem efeitos que vão além do mais óbvio desabastecimento imediato de alguns itens.