Após 19 anos de espera, uma ação do Ministério Público sobre suposta irregularidades em processos licitatórios do metrô de Salvador, em 1999, teve audiência marcada para 13 de junho deste ano pela justiça baiana. A sessão foi estabelecida pelo juiz federal substituto da 11ª Vara em Salvador, Rodrigo Britto Pereira Lima.
A ação trata de possível improbidade administrativa contra as construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Constran e mais 11 pessoas, numa investigação denominada Operação Castelo de areia.
Conforme documentos apreendidos na operação Castelo de Areia, as empresas citadas constituíram um consórcio oculto para executarem as obras do metrô, cabendo a todas poder de voto nas deliberações do grupo e participação nos custos e na remuneração advinda da execução das obras.
O MPF sustenta na ação movida em 2010 que as irregularidades englobam deficiência do projeto básico do metrô, ausência de audiência pública para discussão, pagamento de serviços sem previsão contratual ao consórcio Metrosal, pontos que teriam dado margem para superfaturamento na obra e favorecimento do grupo consorciado.
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