A tarde de hoje marca a chegada da primeira ação da lava-jato a chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF). O processo é relativo ao deputado Nelson Meurer (PP-PR), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ainda que seja uma figura não muito notória, o processo contra o parlamentar se reveste de importância, pois marca o início dos trabalhos do STF em relação aos denunciados na lava-jato. O processo é apreciado pela Segunda Turma da Corte, formada pelos ministros Edson Fachin, Celso de Mello, Gilmar e Ricardo Lewandowski, sendo que apenas o ministro Dias Toffoli não se encontra presente hoje.
Há instantes, o advogado de Meurer, Michel Saliba, terminou sua sustentação oral, durante a qual tentou apontar incongruências na denúncia, sobretudo em relação aos valores e aos locais nos quais teria havido entrega de dinheiro ao deputado, o que configuraria o crime de corrupção passiva. O advogado ainda apontou supostas contradições no depoimento do doleiro Alberto Youssef e do seu braço direito, Rafael Ângulo Lopez.
Em memorial enviado à Corte ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou STF seu pedido de condenação contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR). Ao defender a condenação do parlamentear, Raquel Dodge pede aos ministros que definam com mais clareza o crime de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro no âmbito da operação.