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DESENBAHIA DÁ PRAZO DE 90 DIAS PARA QUE EMPRESÁRIOS DESOCUPEM SHOPPING

Redação - 11/05/2018 09:25

Os lojistas do Shopping Busca Vida, no Litoral Norte, receberam da Desenbahia um prazo de 90 dias para desocupar as lojas do estabelecimento que será leiloado pela agência de fomento no próximo dia 30 – conforme reportagem divulgada nesta quinta, 10, por A TARDE. O empreendimento, que está funcionando parcialmente há um ano e meio, foi cedido, no final do ano passado, à Desenbahia pela Luli Patrimonial e LRL Engenharia como parte do pagamento da dívida do financiamento.

O prazo para desocupar as lojas – atualmente só estão funcionando 19 das 100 previstas pelo projeto – foi comunicado, oficialmente, por representantes da Desenbahia aos advogados dos lojistas, dentre eles, Ana Flávia Castro e Soane Figliuolo, da Castro Figliuolo Negócios Jurídicos. “Estivemos reunidos na sede da agência que nos pediu para transmitir a informação aos lojistas, já que o comunicado, por escrito, foi enviado à administração do shopping, que não está funcionando regularmente para distribuir para os condôminos”, explicaram as advogadas.

As advogadas movem ações na Justiça representando tanto os lojistas que ainda mantém negócios no local na esperança do projeto ser reativado por um novo investidor, como os que já desistiram do empreendimento. Além da Luli Patrimonial, que assinou os primeiros contratos, está sendo acionada a empresa Meio Cheio Empreendimentos que, desde 2017, passou a responder pela gestão do shopping, movendo, inclusive, ações contra os lojistas que deixaram de pagar os valores do aluguel e condomínio, “diante das condições de abandono de gestão e falta de conclusão do projeto”, como justificam as advogadas.

De acordo com Soane e Ana Flávia, os lojistas ficaram ainda mais temerosos em relação ao futuro do empreendimento, depois que descobriram que o shopping nunca foi constituído formalmente, não tenho sequer um registro próprio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). “Foi vendido um shopping, mas, na verdade, ele nunca existiu”, disse Ana Flávia Castro. “A única coisa que se tem é o imóvel e, portanto, pode ser aproveitado para qualquer outra finalidade se for arrematado no leilão d Desenbahia”, completa Soane Figliuolo, o que justificaria o interesse da agência na desocupação do imóvel para atrair mais interessados.

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