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ESTADOS UNIDOS E IRÃ DEVEM FECHAR ACORDO EM BREVE

Redação - 08/05/2018 09:11

O presidente americano, Donald Trump, ameaça “desmantelar” o acordo nuclear com o Irã. Mas, antes de tomar a sua decisão nesta semana, tem à disposição uma série de opções mais ou menos drásticas, das quais depende o destino do pacto de 2015. Em outubro, Trump se negou a “certificar” que o “plano de ação” firmado entre Irã e as principais potências do mundo – Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha – era coerente com os interesses de segurança nacional, embora os inspetores internacionais acreditem que Teerã esteja respeitando seus compromissos, dirigidos a evitar que consiga uma bomba atômica. Mas esta falta de certificação se manteve simbólica e sua decisão pode ter implicações mais concretas.

Em troca dos compromissos assumidos por Teerã, Washington suspendeu suas sanções relacionadas com o programa nuclear iraniano. Mas a lei americana requer que o presidente se pronuncie sobre a renovação desta suspensão a cada 120 ou 180 dias, de acordo com os tipos de medidas punitivas. No sábado (12) vence a suspensão de algumas sanções, dirigidas contra o Banco Central iraniano e a renda petroleira de Teerã. Contudo, a retirada de grande parte das sanções permanece vigente até meados de julho, o que dá várias possibilidades a Trump.

Esta é a hipótese menos provável, já que Trump parece ter intenções de se manter firme. Mas se quiser dar uma oportunidade à iniciativa francesa de um “novo acordo” com o Irã, poderia adiar o ultimato, ao menos até o prazo de meados de julho. Trump também pode restabelecer todas as sanções retiradas no âmbito do acordo e, inclusive, acrescentar novas. Seria uma forma de “destruir” o texto, provavelmente empurrando o Irã a se considerar desligado de seus compromissos.

 

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