Ao fim de sua segunda temporada no futebol europeu, o goleiro Renan, ex-Botafogo, teve motivação dupla para celebrar. Bicampeão búlgaro com o Ludogorets, o brasileiro conseguiu o tornar-se cidadão do país e conquistou o passaporte europeu – documento que o tira da lista de jogadores estrangeiros e, desta forma, cria novas possibilidades no mercado.
“Acho que todos sabem da importância dom passaporte europeu hoje, independentemente da sua ocupação. Para nós, atletas, é de suma importância também. Além de deixar de ocupar uma concorrida vaga de extracomunitário, você ganha facilidades burocráticas e abre novas portas. Em termos de mercado, por exemplo, você ganha uma vitrine muito maior, e isso é sempre muito bom para nosso desenvolvimento e para o nosso futuro. Em termos pessoais, é um benefício incrível para mim e minha família”, afirmou.
Contratado pelo time búlgaro em 2016, Renan aumentou sua participação na temporada que se encerrou, tendo jogado 16 partidas e acumulado 1440 minutos. Por isso, o goleiro afirmou que se sente feliz na Bulgária, com “uma rotina agradável”, e que está focado em evoluir dentro do Ludogorets – embora use a frase “o futuro a Deus pertence” para deixar claro que novos rumos podem aparecer.
“Desde que cheguei ao clube, amadureci e aprendi muito dentro e fora do campo. Há aquele ditado famoso no futebol, de que “a Europa faz bem ao jogador brasileiro”, e hoje eu posso concordar totalmente. Você cresce muito como pessoa e como atleta, na parte tática, na tomada de decisão, no convívio com outras metodologias e culturas futebolísticas. Posso garantir que atualmente sou um goleiro muito mais maduro e inteligente”, disse o ex-botafoguense, que enfrentou times como o Milan, na disputa da Liga Europa, e teve uma média de 4,5 defesas díficeis por jogo na competição.