A Prefeitura, por meio da Defesa Civil de Salvador (Codesal), realiza periodicamente vistorias preventivas nos casarões particulares e públicos da capital baiana, a partir de demandas dos proprietários ou de solicitações feitas através dos órgãos competentes, via ofício. Todas as inspeções, independentemente de o imóvel ser particular ou público, são realizadas a partir da avaliação de risco geológico ou construtivo, de forma a prevenir, proteger e preservar o bem-estar e a proteção civil dos cidadãos.
O processo tem início por meio de contato telefônico com o órgão. Em seguida, é realizada a visita ao imóvel sob risco e análise técnica executadas por profissionais habilitados. A regra também se aplica aos casarões históricos da cidade. Durante a análise, são verificadas as condições da construção e o risco de desabamento no local. “Realizamos o mapeamento de risco e analisamos se esses problemas foram causados por problemas relacionados à chuva, estruturais ou por outros fatores externos, como incêndios e falta de manutenção predial”, explica o engenheiro da Codesal, Gilberto Campos.
De acordo com o especialista, no caso de edificações tombadas, as obras solicitadas pelo órgão deverão estar em conformidade com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) ou Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “O diagnóstico dos imóveis tombados é encaminhado a um dos órgãos que cuidam do patrimônio histórico para que os devidos procedimentos preventivos, como escoramento ou restauração, sejam realizados com brevidade”, disse Campos.
No ano passado, a Codesal, vistoriou aproximadamente 436 casarões no Centro Histórico de Salvador, atualizando o relatório de casarões. Segundo o órgão, os proprietários e moradores foram notificados e orientados a deixar os imóveis e realizar a recuperação das edificações. O Ipac e o Iphan também foram informados sobre as condições dos imóveis localizados nas poligonais de tombamento.