O contingente de trabalhadores com carteira assinada caiu 1,2% frente ao trimestre anterior, uma redução de 408 mil pessoas, e ficou em 32,9 milhões, o menor de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012, segundo o IBGE. A máxima foi registrada em junho de 2014, quando foram registrados 36,8 milhões de empregos formais.
O número de empregados sem carteira também caiu frente ao trimestre anterior, para 10,7 milhões de pessoas, uma redução de 402 mil trabalhadores. Segundo Azeredo, foi a primeira queda nesta base de comparação desde o trimestre terminado em março do ano passado. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior entretanto, o número de trabalhadores sem carteira cresceu 5,2% (mais 533 mil pessoas). Já a categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, em 23 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,8% (mais 839 mil pessoas).
Apesar do aumento do nível de desemprego, o coordenador da pesquisa afirma que o resultado mostra que o cenário do mercado de trabalho está “mais favorável” que no primeiro trimestre do ano passado. Ainda segundo o pesquisador, a queda de 1,5 milhão no número de trabalhadores ocupados está diretamente relacionada a um efeito sazonal, que afetou tanto o emprego com carteira assinada quanto o sem carteira assinada.
Segundo Azeredo, o que mais denota o quanto o mercado de trabalho ainda está em crise é o volume de pessoas ocupadas com carteira de trabalho assinada, que atingiu o menor contingente da série. “Em três anos, o país perdeu 4 milhões de carteira de trabalho assinada”, destacou. Ele ponderou, no entanto, que vem perdendo ritmo a queda de trabalhadores com carteira assinada. Na comparação com o trimestre terminado em março do ano passado, a redução foi de 1,5%, enquanto já chegou a cair 4,1% entre junho de 2015 e junho de 2016.