Informações contidas em relatórios elaborados a partir de dados extraídos dos computadores do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht implicam o deputado José Carlos Aleluia, que teria recebido pagamento por vantagens indevidas no valor de R$ 300 mil, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Os itens obtidos durante a investigação foram anexados ao inquérito relativo ao parlamentar que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), em função da prerrogativa de foro, com a qual Aleluia é agraciado, por conta da sua função parlamentar.
“Os registros identificados no ‘MyWebDay B’ indicam que os R$ 300 mil foram pagos pela Odebrecht em espécie, na cidade de Salvador, diretamente ao destinatário José Carlos Aleluia, em razão da Campanha Eleitoral do ano 2010 e o executivo responsável foi Cláudio Melo Filho”, conforme informações constantes do relatório do MPF, produzido pela Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise – SPPEA/PGR.
Em entrevista ao jornal o Estado de São Paulo, o deputado negou veementemente as acusações: “Não houve absolutamente nenhum pagamento. As evidências que têm são de que o dinheiro teve outro destino, porque inclusive a época é incompatível, eu estava com a eleição perdida”.