Defensor ferrenho do presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, não demonstrou o mesmo ímpeto ao hastear a bandeira do MDB da Bahia. O articulador político do governo federal veio a Salvador para participar de um almoço-debate do Lide e garante que a estada não vai servir para estancar a crise da legenda no estado.
“Essa questão da Bahia tem que ser resolvida pelos baianos. Sou contra generalizações. Não sei se essa é a forma correta de se atuar em questões como essa, tão nervosas. Ontem recebi o prefeito Colbert Martins [Feira de Santana], mas entendo que a questão política do MDB na Bahia tem que ser resolvida pelos baianos. Não é esse o motivo da minha visita”, analisou, em entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole.
O vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, hoje no DEM, admitiu ontem à emissora que deixou a sigla por não conseguir tomar o controle das mãos da família Vieira Lima e que a oposição vai trabalhar pela união entre José Ronaldo (DEM) e João Gualberto (PSDB), mas não vai fazer esforço para aglutinar o nome do pré-candidato emedebista João Santana. Sobre as acusações contra Temer, que teria recebido propina no caso do decreto dos portos, Marun analisou as denúncias como “infâmia” e voltou a dizer que o presidente é vítima de uma “conspiração nojenta” e “factoides” criados pelos principais meios de comunicação do país.