A polêmica em torno da fatura relativa ao policiamento no show de Ivete Sangalo no próximo domingo (29) foi encerrada com a decisão da cervejaria Schin de assumir a conta pelo evento. Ainda assim, o assunto voltou à tona, durante a cerimônia de inauguração da Estação Aeroporto do Metrô evento com a presença do governador.
“Já que a marca terá um ganho que não será pequeno, ela terá que arcar com os custos. É assim em qualquer lugar no mundo. As outras pessoas que não têm nada a ver não podem pagar o custo desse evento. O dinheiro da hora extra dos policiais não sai do meu bolso, sai do bolso de quem está morando nas condições mais precárias, para quem está precisando de serviços públicos. Nós queremos que não só em Salvador, mas em todas as cidades da Bahia, as empresas que vão ganhar muito com retorno publicitário de sua imagem compartilhem essa despesa extra, porque a taxa é tão pequena. A taxa com certeza não chega a 10% de tudo que eles vão gastar em material publicitário. Não é possível que eles não possam gastar 7% disso para ajudar na segurança. Não é possível que seja a população da Bahia inteira a ter que arcar com esse custo”, disse Rui.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os eventos que estejam fora do calendário habitual de festas populares, como é o caso do show promovido pela prefeitura de Salvador, são alvo de pagamento extra. Trata-se da taxa para o Fundo Especial de Aperfeiçoamento dos Serviços Policiais (Feaspol) é cobrada para policiamento em eventos. Rui ironizou o chamado “Carnaval de Ivete” por não consistir em data comemorativa: “O evento tem uma marca. Estamos no mês de abril. O aniversário de Salvador foi em março… É uma festa que tem vínculo com um produto, com uma marca comercial. Já temos um contingente grande de policiais recebendo horas extras para aumentar a presença da polícia em todas as cidades da Bahia. Toda vez que tem um evento de rua envolvendo muita gente, isso significa colocar muito mais policiais recebendo hora extra, é um custo adicional muito grande. Mas tudo tem um limite para o orçamento público”.