Um dos pontos fortes do Grêmio nos últimos jogos foi o sistema defensivo. Mesmo reconhecido pela qualidade técnica, a equipe também tem mostrado força atrás e já soma seis jogos sem sofrer gols. A marca do goleiro Marcelo Grohe é ainda melhor. O camisa 1 completou sete partidas sem ser vazado no último domingo, contra o Atlético-PR. Soma 653 minutos e se aproxima de um novo recorde. Marca que para ele fica em segundo plano.
A melhor marca pessoal do goleiro ocorreu em 2014, quando ficou 803 minutos sem levar gols no Brasileirão. Agora, já contabiliza sete partidas e mais 23 minutos no Gre-Nal perdido por 2 a 0, no Beira-Rio, nas quartas de final do Gauchão. Na semifinal, no empate em 1 a 1 com o Avenida, Paulo Victor atuou. Nesta quarta-feira, nas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Goiás, Grohe coloca a marca novamente à prova.
– Sinceramente, fiquei sabendo hoje no treino que estava conversando com o professor Rogério (Godoy, preparador), falando a respeito disso. Mas não estava atento a isso. Procuro focar jogo a jogo, não me apego a estas coisas. Faz parte do jogo, uma hora vai acontecer. Trabalho para não tomar gol e vir a tardar o máximo isso, mas é uma carga que vou colocar desnecessária em mim. Se acontecer, vai acontecer naturalmente. O objetivo é ganhar e ajudar a equipe, não me apego a estes números. Obviamente é legal, fico feliz. É sinal que o trabalho é bem feito. Não só meu, como da equipe. É o trabalho da equipe toda dando resultado – apontou o camisa 1 gremista em entrevista coletiva nesta terça.
Nas últimas seis partidas, o Tricolor não levou gol. Fruto de um trabalho coletivo de marcação, mesmo sem um volante que tenha característica defensiva no time. A ajuda de todos os jogadores, desde o ataque, foi ressaltada pelo goleiro para conseguir atingir a solidez defensiva.
– Acredito que é um conjunto, a gente tem uma equipe qualificada, de bons jogadores, comprometidos na parte defensiva, além de termos jogadores de qualidade na parte de trás. E temos o comprometimento que vem desde o ataque, ocupação de espaço, pressão na saída do adversário. Ajuda muito esta bola chegar quebrada lá atrás e traz dificuldade ao adversário. A marca se deve a toda equipe e ao comprometimento defensivo – opinou Grohe.
Contra o Goiás, nesta quarta, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o Tricolor terá duas mudanças na defesa. Léo Moura, com desconforto muscular na coxa direita, fica fora dos jogos com Goiás e Botafogo. Kannemann, desfalque no Brasileirão, retorna ao time. O técnico Renato Portaluppi pode promover alterações para preservar o elenco na maratona de jogos.