Por: Luiz Souza
O Secretário de Mobilidade Urbana (SEMOB), Fábio Mota, minimizou os protestos contra a implantação do BRT em Salvador e atribuiu os atos a interesses políticos, em iniciativas comandadas por “falsos ambientalistas”. As declarações foram prestadas em entrevista ao Bahia Econômica. As críticas ao projeto envolvem a derrubada de 579 árvores e a cobertura dos rios Lucaia e Camarajipe.
Como resposta, o secretário argumenta que haverá replantio de árvores, e que o empreendimento conta com licença dos órgãos ambientais. “Esses rios citados se tornaram poluídos e fonte de transtornos aos moradores de regiões vizinhas, que se incomodam com o mau-cheiro exalado pelas águas poluídas, além do incômodo com as muriçocas”, prossegue Mota.
O projeto do BRT soteropolitano prevê a construção de viadutos, ciclovias, além das linhas exclusivas de ônibus, com o objetivo de desafogar uma das áreas mais congestionadas da cidade. “Hoje, no horário de pico, as pessoas chegam a levar uma hora e quarenta minutos para chegar do Iguatemi a Lapa. Com o BRT esse tempo seria reduzido a 16 minutos”, considera Mota.
Para a implantação do modal, além de recursos próprios, a prefeitura conta com a injeção de R$ 800 milhões em recursos federais. Porém, é justamente o preço de implantação o que tem gerado as maiores críticas ao BRT soteropolitano, considerado caro, na comparação com outras capitais.
Em relação ao argumento de que o mesmo percurso seria cumprido pelo metrô, Mota afirma que o percurso do BRT será da Rodoviária à Lapa, passando pelo canteiro central da Avenida ACM, seguindo pela Av. Juracy Magalhães e Av. Vasco da Gama, trajeto percorrido por 70% da população soteropolitana ao menos três vezes por semana, o que demanda a necessidade de oferta de um meio de transporte rápido e eficaz.