A confiança do consumidor recuou 2,6 pontos em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta terça-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 92,0 pontos em março para 89,4 pontos em abril.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice está 7,2 pontos superior. “A queda da confiança em abril é uma devolução de mais da metade da alta do mês anterior. Consumidores de todas as classes de rendas se sentem menos otimistas em relação à situação econômica nos próximos meses, influenciados, em parte, pela redução das suas expectativas sobre o mercado de trabalho”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em abril, houve piora tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,3 pontos, para 76,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,5 pontos, para 99,0 pontos. O componente que mede o otimismo com relação à economia nos meses seguintes teve o maior impacto sobre o ICC de abril, com queda de 7,3 pontos, ao passar de 118,0 para 110,7 pontos.
O item que mede o grau de satisfação atual com a economia recuou 1,1 ponto, para 83,3 pontos, enquanto o componente que mede a situação financeira das famílias caiu 3,4 pontos, para 69,8 pontos. Entre as quatro faixas de renda pesquisadas, a única que não registrou piora na confiança foi a que recebe entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 mensais. As famílias com menor poder aquisitivo, que ganham até R$ 2.100,00 mensais, tiveram o pior resultado, uma queda de 14,1 pontos na confiança. Para esses consumidores houve piora da satisfação sobre a situação financeira no momento e redução do otimismo em relação à economia, às finanças pessoais, intenção de compra de bens duráveis e emprego.