Depois de causar polêmica ao dizer que o Exército estava “atento” aos rumos do país, o comandante da tropa, general Eduardo Villas Bôas, disse que as forças armadas não podem ficar indiferente “às reais ameaças à nossa democracia”. Ele citou a corrupção, a impunidade e a insegurança na mensagem lida ao lado do presidente Michel Temer. Villas Bôas convocou a unidade “para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade”.
“Não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano; à banalização da corrupção; à impunidade; à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado; e à ideologização dos problemas nacionais. São essas as reais ameaças à nossa democracia e contra as quais precisamos nos unir efetivamente, para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade”, disse a mensagem, lida pelo cerimonial do evento e assinada pelo general Villas Bôas.
A pouco menos de seis meses para as eleições, o general falou ainda que caberia à população “definir, de forma livre, legítima, transparente e incontestável, a vontade nacional”.