A série de desgastes pela qual passa o pré-candidato à presidência Geraldo Alckimin parece não ter fim. Não bastasse o processo contra o tucano ter descido para a primeira instância, por caixa dois em campanha, e a recente decisão do Supremo que torna réu o senador Aécio Neves, o presidente do Metrô e cinco ex-presidentes agora são réus por improbidade administrativa.
Da acusação conta que compraram, por R$ 615 milhões, 26 trens que ficaram sem uso porque a linha 5-Lilás não estava pronta. Abandonados, os veículos foram vandalizados –e, segundo a denúncia do MP, têm bitolas (distância entre os trilhos) diferentes da usada na linha.
Entre os réus estão Clodoaldo Pelissioni, ex-presidente do Metrô e atual secretário dos Transportes Metropolitanos do governo paulista, Paulo Menezes de Figueiredo, o atual presidente da companhia, e Sérgio Avelleda, que também já comandou o metrô e hoje é chefe de gabinete da prefeitura de São Paulo.
Ao todo são nove réus e o próprio Metrô denunciados à Justiça. O caso respinga em Alckimin, pois a situação se deu sob administrações tucanas, inclusive durante a gestão dele, pré-candidato à presidência.