Em 2017, na Bahia, 27,9% dos domicílios recebiam Bolsa Família, o que representava pouco mais de 1 em cada 4 residências. Era o 8º maior percentual entre os estados e praticamente o dobro da média nacional: no Brasil, em 2017, 13,7% dos domicílios eram beneficiados pelo programa.
Em relação a 2016, quando 28,8% das residências na Bahia recebiam Bolsa Família, o percentual de atendimento do programa caiu um pouco no estado (menos 37.904 domicílios). No país também houve uma pequena redução no percentual de domicílios atendidos (era 14,3% em 2016), o que representou menos 326 mil domicílios beneficiados. Os dados são do Rendimento de Todas as Fontes 2016-2017, da PNAD Contínua, divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Na Bahia, os 1,4 milhão de domicílios beneficiados pelo Bolsa Família em 2017 tinham, em média, mais moradores (4,6) do que aqueles não atendidos (3,3) e um rendimento domiciliar per capita de R$ 280, ou quase 1/4 do rendimento daqueles não atendidos pelo programa (R$ 1.189).
Tinham ainda menor cobertura dos serviços de saneamento básico, sobretudo a coleta de esgoto (36,2% dos domicílios com Bolsa Família eram atendidos, frente a 63,4% entre os domicílios não atendidos). A presença de bens duráveis também era menor nos domicílios atendidos pelo Bolsa Família, sobretudo da máquina de lavar (existia em 14,9% dos domicílios com Bolsa Família na Bahia e em 39,6% daqueles não atendidos) e computador (estavam em 15,7% dos domicílios atendidos pelo programa e em 38,1% daqueles não atendidos).