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ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DA BAHIA DEFENDE VENDA PARCIAL DA REFINARIA LANDULPHO ALVES

Redação - 09/05/2018 19:09 - Atualizado 09/05/2018

Por Gabriela Marotta

No último mês, a Petrobrás anunciou que visa reduzir sua participação no mercado de refino de petróleo, incluindo a venda de parte da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador. Em cinco anos, a Refinaria, que é responsável por 99,32% do refino de petróleo na Bahia e a segunda maior refinaria do país, teve uma redução de 30% em sua produção, segundo relatório elaborado pela empreiteira, o que foi decisivo para a venda.

No entanto, apesar do pedido de cautela feito em manifestação pública pela Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), o presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Adary Oliveira, conversou com o Bahia Econômica, e se mostrou otimista com a iniciativa da Petrobrás. Segundo Oliveira, a venda de 60% da refinaria e todo seu sistema logístico é “favorável” à economia baiana, pois “a nova gestora fica com o controle da empresa, sem a Petrobras deixar de ter parte nela. Grandes empresas nacionais fazem isso”.

Em contrapartida, Adary aponta que tal movimentação econômica só seria viável caso a nova empresas assumisse determinados compromissos com a refinaria, responsável, atualmente, por cerca de 30% da economia do estado.

“A posição é, sim, favorável desde que, quem assumir, se comprometa com novos investimentos tecnológicos, de modernização; exploração de petróleo e gás. Tanto no mar como na terra também. E a preocupação com a qualidade do produto, a fim de torná-lo mais competitivo”, disse.

Segundo Oliveira, a Landulpho Alves produzia cerca de 150 mil barris de petróleo por mês. Atualmente são 30 mil, o que coloca a Bahia em 5° lugar no que se refere à produção. Para o presidente da ACB, um dos motivos da queda no desenvolvimento do produto tem a ver com a diminuição do ritmo de pesquisas e da falta de investimentos nos campos maduros – quando o nível de bombeamento do petróleo já não é mais tão intenso numa área de colheita. “Outra empresa assumindo, desde que comprometida, essa colocação pode subir”, acredita Oliveira.

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