As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em disparada nesta sexta-feira (29), em comparação com o fechamento do dia anterior. As taxas superavam suas máximas históricas.
O mercado segue reagindo ao pacote de corte de gastos anunciado na quarta-feira (27). Na primeira atualização do dia, que só aconteceu às 11h07 (horário de Brasília), os rendimentos dos títulos prefixados 2027, 2031 e o com juros semestrais 2035 valiam 14,31%, 14,13% e 13,87%, contra os 13,89%, 13,70% e 13,44% anteriores, respectivamente.
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Já as taxas do Tesouro IPCA+ com vencimentos em 2029, 2035 e 2045 rendiam respectivos 7,37%, 7,12% e 6,97%. Os títulos operavam em alta, uma vez que fecharam a última sessão em 7,14%, 6,93% e 6,75%.
O forte avanço nas taxas é resultado do caos nos mercados gerado pelo pacote fiscal do governo. Na ocasião, também foi anunciado a isenção de Imposto de Renda para quem possui salário de R$ 5 mil, o que acendeu alerta para economistas.
Na visão do mercado, será necessária uma taxa básica de juros mais alta para reancorar as expectativas. A curva futura dos juros, por exemplo, já precifica uma Selic de 14%.
O JPMorgan previu nesta quinta-feira (28) que o Comitê de Política Monetária elevará a taxa básica de juros em 1 ponto percentual na sua reunião de 10 e 11 de dezembro. Além disso, o banco aumentou sua projeção da Selic ao fim do atual ciclo de alta de 13% para 14,25%.
(Imagem: M.phostock/ iSotck)