No dia 7 de fevereiro, as autoridades de saúde das Filipinas anunciaram um aumento de 74% no número de casos de sarampo no primeiro mês de 2019, em comparação ao mesmo período de 2018.
O país asiático foi o mais recente a declarar um surto da doença — mas está longe de ser o único.
A infecção viral, altamente contagiosa, matou 111 mil pessoas no mundo em 2017, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em seu relatório mais recente, divulgado em novembro, a OMS listou “complacência” e a maior disseminação de informações falsas sobre vacinas — em paralelo ao colapso dos sistemas de saúde de vários países — como fatores por trás do aumento de 30% nos casos de sarampo no mundo entre 2016 e 2017.
“Casos relativamente esparsos (que um país possa registrar hoje) podem rapidamente se tornar dezenas, centenas ou milhares sem a proteção dada pelas vacinas”, alertou a organização.
As Américas, a Europa e o leste da região mediterrânea sofreram os piores episódios de surto – incluindo os Estados Unidos, que viraram uma espécie de bastião do movimento anti-vacina, caracterizado pela persistência de mitos sobre as vacinas e a queda nos níveis de imunização a despeito das evidências científicas sobre os benefícios da imunização.
Veja, a seguir, 8 mitos sobre vacinação que contribuem para a desaceleração da cobertura vacinal no mundo e para o ressurgimento de doenças que poderiam ser facilmente evitadas.