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PETISTAS REBATEM ALBERTO E DIZEM QUE PSL AINDA NÃO SAIU DO PALANQUE

Redação - 12/02/2019 08:34 - Atualizado 12/02/2019

O deputado federal Jorge Solla (PT) rebateu, ontem, o secretário de Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel) de Salvador, Alberto Pimentel, que defende que a sua sigla, o PSL, se una ao Democratas para derrotar o PT na eleição de 2022, quando acontecerá a sucessão do governador Rui Costa (PT). Para o petista, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o partido não saíram do “palanque eleitoral”. “[Não deixam o palanque] muito provavelmente porque não sabem o que fazer fora dele”, declarou.

“A próxima eleição ao governo é só em 2022. O que temos para hoje é uma previsão de forte estiagem no Nordeste e o governo que está aí só fala em acabar de vez com as políticas de financiamento e seguro para a agricultura familiar. Com 665 mil estabelecimentos, a Bahia é o estado com maior número de agricultores familiares do Brasil. O que temos para hoje é um governo que vira as costas para o Nordeste e que pretende aprovar uma reforma da Previdência que quer pagar menos de um mínimo para um aposentado, quer dificultar o acesso à aposentadoria, quando em mais de 80% dos municípios baianos, o que é pago em pensões a aposentados é superior a arrecadação municipal”, declarou Solla.

Membro da Executiva do PSL na Bahia, Alberto entende que o seu partido junto com DEM serão capazes de pôr fim a era petista no estado que perdura desde 2007, quando Jaques Wagner foi eleito governador. “O rumo do PSL na Bahia é unir força com o DEM para tentar derrubar o PT no nosso estado. Ninguém vai a lugar nenhum sozinho. Acho que unido a gente consegue mais. Obviamente, o PSL vai buscar o seu espaço e o DEM. Já temos o nosso espaço e vamos buscar crescimento. Juntando isso tudo, a gente vai tentar derrubar o PT aqui no nosso estado”, declarou, em entrevista à Tribuna publicada ontem.

Além de rebater o aliado de Bolsonaro na Bahia, Solla pediu que Alberto ajude a Bahia. “O senhor secretário, já que é do partido do presidente, pode ajudar a Bahia ao cobrar os convênios que estão todos atrasados, obras que vão desde encostas, corredores transversais, macrodrenagem, só do metrô são R$ 243 milhões, obras que só não pararam porque Rui está garantindo com o curto orçamento do Estado. O ambicioso rapaz que entende de vender perfume em shopping center deveria primeiro conhecer a Bahia, tentar ajudar a resolver os problemas que o governo do laranjal cria para o nosso estado. Ou em 2022 venceremos novamente sem adversários, porque o povo sabe diferenciar quem trabalha de quem só faz espuma”, pontuou.

Casado com a presidente do PSL na Bahia, a deputada federal Dayane Pimentel, Alberto afirmou que Bolsonaro não irá retaliar o estado, mas ressaltou que o presidente pode beneficiar a Bahia sem ajudar o governo de Rui Costa. “Existe outras formas de beneficiar. Pode ser diretamente pelos municípios. A parceria será maior com os prefeitos do PSL e do DEM, da base aliada. Mas, de jeito nenhum, o presidente irá prejudicar o nosso estado”, afirmou.

Presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação também rebateu Alberto Pimentel. “O PSL na Bahia já foi derrotado ao lado do DEM porque o povo baiano reconheceu as conquistas sociais e avanços das gestões de Rui Costa e Jaques Wagner. Entretanto, para o bem da política, o marido da deputada do DEM deveria moderar seu discurso, despindo-se do ódio. Ele é casado com uma professora e deveria dar o exemplo de paz, respeitando o contraditório e a democracia. O discurso da violência está impregnado em todos os níveis da política do PSL, mas o povo baiano é de paz e de respeito, inclusive na política. Tenho confiança que isso vai continuar prevalecendo”, ressaltou.

 

(Tribuna da Bahia)

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