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CHINA RESPONDE POR UM TERÇO DAS EXPORTAÇÕES BAIANAS EM 2018

Redação - 16/01/2019 11:07 - Atualizado 16/01/2019

De acordo com dados da Superintendência de estudos econômicos e Sociais da Bahia, em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o pais asiático avançou ainda mais sua fatia nas exportações baianas de 26,4% em 2017 para 32,8% em 2018, seguido pela UE com participação de 18,4%, os EUA com 11,2% e o Mercosul com 10,3%.  A exportação para os chineses somou US$ 2,9 bilhões no ano passado, com crescimento de 35,3% na comparação com o ano anterior, numa variação bem acima dos 9,1% de alta nos embarques totais da Bahia. Já para a UE, EUA e Mercosul as vendas recuaram 6,2%, 8,7% e 14% respectivamente.

Com o crescimento de exportações rumo à maior economia asiática, os básicos avançaram na exportação total baiana em 2018 e fecharam o ano representando um terço dos embarques. A fatia dos básicos subiu de 29,8% em 2017 para 33% em 2018. As exportações desse tipo de produto somaram US$ 2,91 bilhões no ano passado com crescimento de 21%. Contudo, a liderança da pauta continuou com os produtos manufaturados com 38,3% de participação, mas com um crescimento de apenas 0,8% sobre 2017, reflexo da recessão na Argentina que reduziu as exportações do setor automotivo em 12,6%.

O excepcional ano para a soja refletiu-se nas exportações do agronegócio que continuou a ser o destaque principal da pauta baiana em 2018.  As vendas do agronegócio baiano subiram 16,7%, para US$ 4,48 bilhões, com destaque para soja, celulose e algodão. O setor fechou o ano representando 50,9% do total das vendas externas do estado, batendo seu recorde histórico. A China como grande compradora de matérias primas é a principal responsável pelo avanço do agronegócio e dos produtos básicos na pauta baiana. O país respondeu em 2018 por 74,3% das compras de soja; 58,6% das de celulose; 42,6% de cobre; 36,4% de algodão dentre os mais importantes.

Apesar das incertezas oriundas da guerra comercial com os EUA a China, continua crescendo em um ritmo forte, e em 2019 pode compensar parte da desaceleração prevista para os EUA. Tudo depende do resultado da trégua de 90 dias anunciada no início de dezembro entre americanos e chineses e da evolução da economia mundial, ameaçada por nova desaceleração.

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