Com diversas categorias do serviço público marcando paralisações para a próxima semana por conta do aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 12% para 14%, o governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que todos tiveram aumento. Só “a folha dos professores cresceu 42% nesses quatro anos”, exemplificou Rui.
“Só nestes dois últimos anos, os professores tiveram de elevação salarial 14%, mais o anuênio e o quinquênio que tiveram. O IPCA e a inflação foram de 27,9%. Militar e civil variaram em 41%. Quanto às outras categorias, todas tiveram promoção, o que não houve foi reajuste linear nos três anos porque senão aumentaríamos o buraco” explicou o governador, alegando ainda que, se houvesse tido reajuste linear, o déficit seria de R$ 6 bilhões.
Sobre ser acusado pelo prefeito ACM Neto (DEM) de estelionato eleitoral, ele destacou que não quer debate com nenhum prefeito. “Não sou candidato a prefeito, acabei de ser eleito governador e quero governar. O que eu peço a todos os prefeitos é que me ajudem. Quem não puder ajudar, o máximo que eu posso pedir é que não me atrapalhe”, resumiu Rui Costa.
Em coletiva na última segunda-feira (3), ele garantiu que sua posição sobre a previdência não é novidade, e comentou sobre uma conversa que teve com o presidente Michel Temer: “Eu falei para ele: ‘Presidente, se você pautar o debate somente na previdência pública, eu entro no debate porque eu acho que esta é a questão mais emergencial do país. No entanto, se você incluir na reforma a retirada de benefícios dos mais pobres, das pessoas de 70, 80 anos, trabalhadores rurais, dos centros urbanos, que ganham de aposentadoria um salário mínimo para sobreviver, não conte comigo’”, contou.